18.12.08

Unknown


Começar textos sentimentais é mais dificil do que escrever o próprio texto. No fundo, é escrever o que sentimos mas o que sentimos, pode ser diferente no fim de tudo. Depois do texto estar escrito. Mas também não escrevo para ser bonito, escrevo tal como me sinto e os meus pensamentos são tudo menos poéticos, gramatical e lexicamente bem compostos.
Eu escrevo porque é uma forma de escapar à realidade e partilhar com o papel o que está dentro de mim e isso, a caneta escreve. Uma vez que começo a escrever palavras, só páro até o desabafo sair e eu me sentir (finalmente) livre de qualquer tipo de peso mental.
Neste momento, o meu estado é uma incógnita. Sinto-me triste? Sim. Sinto-me perdida? Sim. Sinto-me com rancor? Sim. Estou frustrada? Muito. Sozinha? Admito que sim... Não sei bem. Acabei de jantar e não comi praticamente nada. Algo preenchia o meu estômago e impedia o apetite emergir. Mal me dirigi ao meu quarto, soube logo o que era. Ansiedade. Pura e enervante ansiedade que tem tomado o corpo nos ultimos três dias. Essa ansiedade foi libertada através das lágrimas que me corriam o rosto descontroladamente. Sinto-me tão criança. A única solução é chorar e fazer birra e tudo se resolve. Deve ser isso que o meu inconsciente espera que ocorra. Enquanto escrevia, fui pensando bem no meu "status". Sinto-me indefinida. É isso: INDEFINIDA. Tudo em mim é indefinido. Quando me perguntam qual é o tipo do meu cabelo eu respondo sempre, É indefinido. (já pareço o Saramago com as vírgulas..) Um dia é encaracolado, outro é liso, outro é apenas ondulado, outros é simplesmente estranho. E agora cheguei à conclusão que toda eu sou indefinida. Não sei o meu futuro nem tenho a menor ideia de qual será. E tenho medo. Tenho medo de fazer as escolhas erradas ou de já as ter feito. Se deveria estar onde estou agora. Talvez preciso de um medium com um vaso na cabeça que leia as minhas mãos e me diga o que fazer no futuro. Apesar de não acreditar nessas tretas, era um empurrão porque também me falta confiança para fazer as coisas. Penso que é isso. "Indefinismo" que depois engloba imensas coisas. Sendo elas o auto-estima e

"Speaking words of wizdom, let it be" acho que o melhor é mesmo "let it be" por muito que custe. Deixar o tempo andar com as suas próprias perninhas e eu arranjo-me de alguma maneira. Não morro, isso é certo.

11.12.08

Tu e Eu.

Hoje apetece-me.
Ter-te ao meu lado e observar o modo como olhas, como pensas, como sorris. Ficar sentada a apreciar a beleza do teu ser. Queria entender como é que tanta beleza cabe num ser só. Como é que com apenas um olhar, tu alteras o meu modo de estar?

Hoje apetece-me.
Estar sentada num sofá e ter o teus braços à minha volta. Sentir-te junto de mim de forma a que soubesse que não me ias deixar nunca.

Hoje apetece-me.
Beijar-te, abraçar-te, acariciar-te. Sentir os teus lábios a percorrer o meu pescoço enquanto eu me encontrava num auge de paixão. Sentir os teus lábios nos meus tanto como o teu coração a bater junto do meu, como um só. O toque das tuas mãos a percorrer as curvas do meu cabelo e das minhas costas puxando-me para ti.

Hoje apetece-me...
Apenas tu. Aqui... É bom para mim.