30.11.09

prémio nobel da paciência vai para...

Sou uma pessoa estranha. Ou melhor, aparentemente normal mas complicada de entender. Gostos, atitudes e comportamentos variados, não sou constante em nada. Há quem consiga aturar as minhas manias, as minhas teimosias, as minhas teorias, observações, medos, etc.
Uma dessas pessoas és tu e ainda não consigo perceber como consegues. Pessoalmente, enervo-me a mim própria portanto, não iria conseguir aturar alguém como eu da mesma maneira que aturas. Mas aguentas e mais importante ainda, permaneces sempre. Não abandonas, ficas sempre.

"Odeio que mexam nas minhas coisas sem pedir."
"Não consigo dormir com a porta do armário aberta."
"Detesto que entrem no meu quarto sem bater à porta, quando esta está fechada."
"Tenho medo e nojo de aranhas."
"Não consigo gostar de músicas do género de 50cents e etc."
"Sou friorenta como tudo."
"Choro com a maior parte dos episódios da Anatomia de Grey (choronaa)."
"Tenho uma panca por dentes! (direitos)"
"Não gosto de comer peixe porque gosto muito deles."
"Faço barulhos estranhos quando estou feliz, encantada ou triste."
"Ajo instintivamente e arrependo-me rapidamente dos meus actos."

Por estas taras todas e muitas mais, peço desculpa mas tu respondes sempre o mesmo:
"Ni, são essas pequenas coisas que constroem e fazem de ti a pessoa que mais amo no mundo e a mais perfeita para mim. Nunca mudes por favor."

Ao teu lado e contigo, não sorrir é dos reflexos mais difíceis de controlar.

28.11.09

tempestades sentimentais

Não gosto da chuva quando estou contente.
Ela tras-me as saudades quando eu as tento afastar.
Não gosto de me deitar e ouvir as pingas pesadas a baterem na minha janela.
Fazem-me chorar sem motivo (sentir a tua falta é motivo suficiente para chorar?).
Não gosto de ver o céu cinzento porque é essa a cor do meu dia quando me apercebo da distância que separa a minha mão da tua.
Não gosto do frio e do vento que o tras. Por muitas camisolas que vista, movimentos que faça, nada parece aquecer-me. O simples acto de me imaginar aconchegada nos teus braços, aquece-me por breves instantes.
Não gosto deste tempo porque me entristece e tu não estás aqui comigo para me trazer o Sol e a alegria que preciso.

23.11.09

abraça-me

These are the days I will treasure
And these are the days I will remember.

Calor.
É o que sinto quando estou abraçada a ti. É um calor psicológico.
O meu coração bate a um ritmo calmo, regular, feliz. No teu abraço, estou em plena paz com o mundo em redor. Entrego-me e rendo-me à perdição que é estar junto a ti, nos teus braços, no teu olhar.
Sempre que me abraças, fecho os olhos e ouço o teu coração bater. Sorrio e sei que também sorris. Sinto a tua respiração lenta mas ao mesmo tempo, eufórica. Não são precisas palavras. Cada suspirar, gestos de ternura, gargalhadas tímidas bastam para descrever a nossa entrega, o nosso amor.
Hoje sentei-me na cama e assim permaneci durante uns minutos. Tentei recordar-me da sensação que era estar abraçada a ti e não consegui. Antes, sempre que me lembrava, um arrepio percorria o meu corpo todo e toda eu sentia por fracções de segundo, o teu toque. Agora não consigo e dói, muito.
É nos teus braços que me sinto segura. É nos teus braços que encontro o meu porto seguro. É nos teus braços que não há guerras, fomes, epidemias, apenas paz e muito, muito amor. É nos teus braços que, para sempre, preciso de estar. Amo-te.

21.11.09

seis e seis

"Tu olhas para uma pessoa, uma pessoa que sabes que não é uma pessoa qualquer, porque o teu olhar fixa-se nela e quando ela olha para ti e sente o mesmo que tu, sentes que alguma coisa vai acontecer. Não sabes nada ainda, mas intuis, intuis com os teus sentidos, com o teu corpo e às vezes com o teu coração que aquela pessoa pode ter qualquer coisa para te dar, que não sabes o que é, mas sabes que um dia vais descobrir e que esse dia pode ser nesse momento, e é então que tiras os dados do bolso e os lanças para cima da mesa.

Quando nos interessamos por alguém, nunca sabemos no que vai dar. Lançamos os dados como quem os deixa cair quase por acaso e muitas vezes nem queremos saber quanto deram: um e um, dois e quatro, três e três, cinco e dois, é sempre um mistério, porque a sorte também manda na vida, manda mais do que queríamos e menos do que gostávamos, por isso desconfiamos dela sempre que nos é favorável, mas aceitamos as suas traições como a ordem natural das coisas, por mais absurdas que sejam.
Os dados caíram quando levantaste o copo e eu vi no chão seis e seis, vi-te a apanhar os dados e a rir, ouvi a tua voz e quando começámos a conversar, percebi que os dados estavam certos."

Margarida Rebelo Pinto (só podia)

17.11.09

more please

I have an aunt who whenever she poured anything for you she would say "Say when". My aunt would say "Say when" and of course, we never did. We don't say when because there's something about the possibility, of more. More tequila, more love, more anything. More is better.
Meredith Grey

13.11.09

primeira

Está a chover, o céu está escuro e a temperatura não deve passar os quinze graus.
É sexta-feira treze, do mês de Novembro e estou na fantástica época de testes do meu décimo segundo ano. Cada vez que penso no próximo ano, o meu estômago dá um nó e sinto no meu sangue a circular ansiedade e angústia.
Ontem fui ao dentista e este apertou-me o aparelho de tal forma que esta manhã não consegui comer. Bem que tentei mastigar os meus deliciosos cereais mas quando o fiz, larguei uma lágrima de dôr.
Mais tarde, na aula de Inglês, fiquei com uma dôr de cabeça horrível e quando cheguei a casa tinha um pouco de febre, nada de mais, 37,9º.
Deitei-me no sofá a ver televisão debaixo de uma manta a aquecer-me o corpo todo menos o meu nariz, que se manteve gelado enquanto via o Oprah Show.
Vim para o quarto estudar e já não bastava ter o nariz gelado, como também os pés o ficaram.
Agora dóia-me a garganta e a dôr de cabeça ainda não tinha diminuído. Tomei um Ben-u-Ron e sentei-me na cadeira e dei asas à minha capacidade demonstrativa no ramo das probabilidades condicionadas e afins.

Agora pergunto-me. Foi um mau dia?
Não. Porque faz hoje uma semana que tenho ao meu lado uma pessoa de quem me posso orgulhar muito. A pessoa que me dá motivos para sorrir o dia todo pois nunca irá deixar de me apoiar, animar, ajudar, avisar. Principalmente, de me amar. Sinto-me um pouco criança ao comemorar uma semana mas para mim é importante pois após anos de prisão, finalmente tenho alguém que me ama pelo que sou e não pelo que gostariam que eu fosse. Sinto que, pela primeira vez, sou real comigo mesma e com os outros. É motivo suficiente, para mim, para celebrar.
Amo-te meu amor. Que seja a primeira de milhares de semanas assim, só contigo.

11.11.09

why?

Porque é que cada vez mais preciso de ti?
Porque é que o que sinto por ti é mais forte de dia para dia?
Porque é que tudo em ti é perfeito demais para ti?
Porque é que é tudo tão irreal e eu não consigo acreditar que és assimpara mim?
Porque é que te apaixonaste por mim?
Porque é que estou aqui e tu aí?
Porque é que o meu coração está aí, e não aqui?
Porque é que só consigo senti-lo bater quando estou junto a ti?
Porque é que te amo tanto?

Porquê?

4.11.09

melhor que isto? impossível.

I will be your guardian when all is crumbling
I'll steady your hand

"Bom dia Ni, mimiste bem?"
Bastam estas palavras para ter como garantido, um sorriso no rosto durante todo o dia.
"Sim, e tu meu anjo?"

"Dorme bem minha princesa. Amo-te. Até amanhã."
"E eu a ti meu anjo. Até amanhã."
Ambos sorrimos apesar de não nos vermos.
No amanhã lá estarás para mim, e só para mim.

Tudo parece tão irreal, tão ficcional, tão bom, tão perfeito.
No entanto, é a nossa pura realidade.
Amo-te Lauro. Desde o momento em que sobre nós, caíam estrelas do céu e os nossos lábios se tocaram pela primeira vez. Algo que nunca irei esquecer.


Legos. Para sempre.

1.11.09

juntos

When Summer's gone, we'll carry on
Somehow I do believe: some things are meant to be
.

Tudo começou com o despertador a tocar e acordar-me do meu leve sono.
Não tinha dormido muito.
Quando saí, o céu estava escuro e não havia estrelas.
Estava frio e o nevoeiro que pairava, era espesso.
Estava com medo de andar na rua àquelas horas mas continuei porque o esforço iria valer a pena.
Estava tão ansiosa por te ver.
Sempre que pensava em ti, o meu estômago virava e revirava-se.
Passei duas horas a ver a luz chegar, a ver o crepúsculo matinal.
Estava tão ansiosa por te poder abraçar.
Passei mais duas horas a observar os carros passar. As estradas infinitas. O destino que mais ansiava nunca mais chegava.
Parecia que o tempo passava ainda mais devagar.
Estava tão ansiosa por te poder beijar.
Quando te vi, o meu mundo parou. Eu própria parei. Era bom demais para ser verdade.
Mas era. E lá estavas tu, à minha espera, a sorrir. Não consegui evitar o sorriso e mal te alcancei, abracei-te e senti que era verdade. Tu eras verdade. Nós éramos verdade.
Ainda continuava com os nervos em franja mas tudo desapareceu no momento em que me olhaste nos olhos - os olhos mais lindos do mundo - e me beijaste. Era tudo verdade e era tão bom. Depois, tal como nos sonhos, abraçaste-me e sussuraste "Amo-te Ni". A emoção era tanta, queria tanto chorar de alegria mas não iria estragar o momento por nada. Queria aproveitar todos os momentos que podia ter contigo.
Éramos um só e custava-me acreditar nisso enquanto cá estava.
Mas mal te tive nas minhas mãos, nos meus braços, senti que tudo era real e não passou de um sonho. Eu pertencia ao teu mundo e tu ao meu.
"Ni, és tão perfeita. Casa comigo" apesar de ter sido dito com uma gargalhada, o meu coração sofreu um aperto. Estava a ser tudo tão perfeito que não conseguia acreditar. Só conseguia sorrir e libertar sons estranhos de alegria.
"Claro que sim!"
No final, tu não conseguias ir embora nem eu te queria deixar ir.
Notei uma diferença no teu olhar. Sempre notei que o teu olhar tinha várias faces e aquela que mais amava, o olhar hipnotizante, não estava presente. Agora, o olhar que dominava o teu rosto era o de tristeza. Parecia que estavas a sofrer; tal como eu.
"Ni, eu amo-te mesmo. Juntos?"
"Juntos." disse a sorrir.
E foste embora. Sentia-me de rastos mas ao mesmo tempo feliz como nunca me senti.
Não aguentei mais e libertei as lágrimas que há tanto queriam sair. Chorava por me ir embora, por estar feliz, por tudo e mais alguma coisa. Na minha mente, só reinavas tu.
Estava tão ansiosa por estar contigo.
Um anjo. Tenho anjo que me ama tal como sou. Haverá maior felicidade no mundo que esta?

Não sabes o quanto esperei por ti.
E ainda bem que esperaste. Valeu a pena.
Nunca mais me deixes.
Nunca, prometo.