27.4.10

matilde de melo

Estática, observo a tua fotografia, a nossa fotografia. Aquela em que sorris para mim e eu para ti. Sobressai o brilho, tanto em mim como em ti. No momento do "clique", nos nossos lábios estavam escritas as palavras "amo-te" que eram transparecidas pelo nosso olhar. Não há fotografia que melhor demonstre o amor que nos uniu e que, ainda, nos une. Agora, mergulhada na saudade que tenho de te tocar e de te ter comigo, tento relembrar a sensação de me ser dirigido um sorriso como aquele que me dirigiste nesse dia.


Pensa em mim com lágrimas nos olhos e gostaria de que eu estivesse ao seu lado. Estive sempre ao seu lado e, agora, quando mais precisávamos de estar de mãos dadas, estou aqui, longe dele, só, com a saudade imensa que já sinto da sua voz... Do seu corpo... (Felizmente há Luar!)

24.4.10


Não amamos quem queremos, como queremos e porque queremos. Amamos como podemos, e muitas vezes contra a nossa vontade, remando contra todas as marés, envoltos no mistério de uma escolha que não é feita por nós, mas por uma força que nos é superior à qual os místicos chamam destino, os cientistas chamam química e os portugueses chamam fado.

Margarida Rebelo Pinto
(E desta forma, eu amo-te como amo meu bichinho)
Não consigo...
Deixas-me completamente ignorante perante a situação.
Já tentei de tudo mas tu não voltas.
Sinto que agora fazes isto por diversão própria e que estás bem enquanto eu sobrevivo à angústia diária com que tenho suportado.
Sinto que a distância entre nós, aqueles 200 e tal km, a cada dia que passa se torna maior.
Sinto que o teu coração já não "me" pertence, mas sim a outra pessoa.
Não me imagino sem ti mas contigo desta forma também não.
Decide-te porque o meu coração pouco mais aguenta.

Amo-te sempre. Como sempre amei.

18.4.10

green eyes

São 3:15 da manhã. Estava ao telefone contigo há pouco mas deixei de falar porque estava com sono. Ouvi-te falar mas não respondi. Estava a tentar adormecer e para ser sincera, não tive vontade.
Estive a olhar para o tecto durante algum tempo, depois virei-me para a direita, fechei os olhos e pensei. (Pensei em nós, para variar...) Pensei em coisas que não devia pensar mas que ultimamente tenho pensado imenso. E se tudo acabar, como vai ser o mundo? Como ficarei eu, como ficarás tu?
Sei que errei e que talvez não mereça a atenção que digo que necessito mas tenho pensado nos teus actos e nos meus, e reparei que existe uma grande diferença entre nós.
Há algum tempo, pensei e concluí algo que tinha medo de pensar: tu e eu não combinámos. Olho para as nossas fotos não sinto que encaixemos e isso, é como uma faca atravessada no meu coração. Sempre achei isso. Ao início era mais por ser "a morena e o loiro" mas agora vejo e observo atentamente os nossos rostos, e não sinto um clique entre nós. E o pior é que já vi alguém com quem tens esse clique, alguém que não eu. Cada vez menos me sinto a princesa pela qual te apaixonaste e cada vez mais sinto que te amo e que não te posso perder. E isso, isso sim, é uma faca no coração.

And it feels so much lighter now I've met you
And honey you should know that I could never go on, Without you

16.4.10

incógnitas

Don't leave me out in the rain.

O céu está enublado, o tempo está frio, a chuva não pára de cair.
Sinto-me apagada, com saudades e as lágrimas que derramo são infinitas.
Este teu "eu" é diferente. Não é caloroso. Não é calmo. Não apaga a minha tristeza.
Este teu "eu" não és tu, aquela cara que me apertou o coração desde o momento em que a vi, aquela alma que me conquistou por simples palavras; aquele ser ao qual prometi amar para sempre. Esse ser desvaneceu e sem a sua presença, a minha não faz o mesmo sentido no mundo. A vontade de sorrir para os outros (e para mim) já não é tanta, a força de vontade de continuar não existe porque esse ser que pintei de anjo, desapareceu.

Voltas para mim amor?