27.1.10

volta

Do you hear my heart beating?
Can you hear that sound?
'Cause I can't help thinking...

Conta-me coisas
Coisas que nunca antes me contaste.
Fala, discute, abre-te comigo.
Mostra-me quem és, quem foste e quem serás.

Desinibe essa voz escondida
Desperta os sentimentos
Canta com o coração
Escapa da tua mente.

Ouve o teu coração
Fecha os olhos e sente
Descodifica os seus sinais
Todos os seus impulsos
Tudo, pois ele não mente.

Agora abre os olhos
E inala o cheiro envolvente
Sou real e estou aqui.
Não me vês, mas estou presente.

Tudo o que quero
Tudo o que preciso é
A liberdade d'alma
O embate do longo e profundo azul
Brancura em grãos de nada
Almas coradas
Sorrisos leves
Beijar-te sem hesitar.

Quero-te aqui
Agora e sempre.
Quero-te de novo
Como te conheci.
Quero-te como eras
O meu sorriso, a minha alegria.
Viver desse modo
Assim, para sempre.

Hoje armei-me em poeta.

20.1.10

pesadelo II

I just cannot live in a world where you don't exist.

Estava deitada a ler o meu mais recente livro, "O símbolo perdido" de Dan Brown. Estava distraída e bem envolvida no enredo da história quando noto que o meu telemóvel vibrava. Era um amigo teu. Achei estranho estar-me a ligar àquela hora mas atendi. Sentia saudades de falar com ele.

"Olá Tiago, como estás?" perguntei animada.
"Ni... Desculpa estar a ligar-te a esta hora." disse ele muito pausadamente e com um tom de angústia na voz.
"Não tem mal... Que se passa? Pareces estranho."
"Ni... É o Lauro... Desculpa..."
Tinha o livro fechado com um dedo a marcar a secção e a página onde tinha ficado. Deixei o livro cair no chão, sem querer saber do barulho ou dos estragos que faria a este. Parei por alguns segundos, petrificada a olhar para a janela. Respirei fundo.
"O... O... O Lauro?... Ele está bem?..." gaguejava.
"Ele hoje foi dar uma volta de carro e um outro carro vinha rápido de mais..."
"Não, não acabes essa frase. Não quero ouvir. Não quero. Não! Não pode ser! Não, não, não... NÃO!" atirei o telemóvel para a cama.
E desfaleci no chão do meu quarto. Juntei os joelhos ao peito e sem chorar e quase sem respirar assim fiquei. O telemóvel... Ainda tinha a chamada ligada.
"Ni por favor, nem sabes o quanto me está a custar dizer-te isto..."
"Eu sei..." e desliguei.
Estava parada. Os meus órgãos pareciam parados.
Tu... não existias... Isso, pode ser real? É possível viver sem que tu existas no mundo? É?
Podia estar viva, mas o meu coração estava morto.
Quando acordei, foi a melhor sensação do mundo. Tu existias, existes e o meu coração continua a bater por ti e para ti. Amo-te.

15.1.10

primeira partilha

Hoje lembrei-me do que fez com que me apaixonasse por ti.
"És tão batoteira" e foi aí que vi o teu sorriso esplendoroso.
"Sou nada." Tinha acabado de te conhecer mas sorri espontâneamente.
"És és" e agora ríamos em vez de sorrir. Foi a primeira coisa que fizemos juntos, rimos e sorrimos. Agora olha para nós; onde chegamos e onde vamos chegar.

São sempre os mais pequenos pormenores que nos prendem aos homens que amamos.

Margarida Rebelo Pinto

8.1.10

brisa marítima

Sinto falta do Verão.
Sinto falta do Sol quente e acolhedor.
Sinto falta das, primeiramente, águas frias do oceano e da liberdade que me transmitiam quando mergulhava nelas.
Sinto falta da areia branca e pacífica.
Sinto falta dos sorrisos na cara das pessoas.
Sinto falta do moreno brilhante, das bochechas vermelhas, dos cabelos mais claros, da leveza do corpo e da alma.
Sinto falta de acordar de manhã e não ter nada mais em que pensar. Apenas tu e o teu lindo rosto radiante, a ser o Sol da minha vida.


Primeiro post do ano :) Um feliz e pacífico ano a todos e peço desculpa pela minha (GRANDE) ausência.