31.5.11

não sabes.


O que eu gosto em ti, tu não sabes. Não é algo que todas as pessoas vêem. Não é algo geral, visível aos olhos alheios, notável. São pormenores, detalhes, coisas microscópicas. Coisinhas que me fazem gostar de ti cada vez mais. Traços, gestos, actos, expressões, sons. São mil e uma coisas que me fazem apaixonar por ti, sempre que estou contigo.
Gosto quando te dou a mão e tu a apertas com uma força ligeira, como se tivesses medo que eu a largasse. Gosto da tua cicatriz no sobrolho esquerdo. Gosto quando estás a olhar para mim, simplesmente a olhar, e pões aquele pedaço de cabelo solto atrás da minha orelha. Gosto quando me puxas para ti, pelo fim das minhas costas, e me dás um beijinho na testa. Gosto dos teus olhinhos verdes (sim, porque são verdes e são lindos!). Gosto das tuas mãos firmes e no entanto suaves. Gosto quando, mesmo estando sozinhos, tu me sussurras ao ouvido. Gosto dos teus dentinhos de coelho, direitinhos. Gosto dos teus braços fortes e protectores. Gosto dos teus abraços inesperados e quebradores de costelas, aqueles tipicamente teus. Gosto do teu sorriso. (iluminas-me o mundo quando sorris) Gosto quando começo a chorar e o teu instinto é logo agarrar-me, abraçar-me até que tudo passe. Gosto das caras estranhas que às vezes fazes quando aparvalhamos juntos. (és tão cartoon quando queres) Gosto de te ver fumar. (ficas deveras sexy). Gosto dos teus lábios. Gosto do teu cabelo comprido sempre a meter-se no meio dos nossos beijos, tal como o meu. Gosto de quando andamos de metro/bus e eu me encosto no teu peito e passas a viagem a dar-me miminhos. Ah! Gosto do teu peito! Ai como gosto do teu peito, de me deitar nele e de o beijar. Gosto (muito) da tua inteligência e de te ver a ser "nerd".Gosto quando vamos os dois ao shopping ver roupa. Gosto que sejas do ISEP. Gosto quando dizes o quanto gostas de mim. Gosto quando me pegas ao colo. Gosto quando falas comigo como se tivesse 5 anos, é mesmo querido. Gosto de ir ao McDonald's e ser "gorda" contigo. Gosto que venhas ter comigo e que esperes. (merecias um prémio pelo tempo que já esperaste por mim) Gosto quando me deixas coisas bonitas no mural. (é raro fazê-lo, por isso é que sabe bem quando o fazes) Gosto que gostes de crianças e bebés. (cheira-me que tens jeito para lidar com elas) Gosto das tuas piadas incrivelmente aleatórias e sem sentido, mas que para mim, são as melhores do mundo. Gosto quando falas de mim e dizes "a minha namorada". Gosto quando entras no facebook e só me dizes "" no chat. (por incrível que pareça) Gosto quando me chamas "Hewena" ou Maria. Gosto da maneira que dizes Ni. Gosto do teu gosto musical. (apesar de te ter gozado algumas vezes. É só mesmo para picar contigo). Gosto dos teus beijos (muuuuito). Gosto das nossas tardes em tua casa. Gosto dos nossos jogos de sedução (principalmente dos teus).
Resumidamente, gosto de tudo em ti. Todos os pedacinhos, físicos ou não, fazem de ti a pessoa que mais desejo ter comigo no futuro. És único, és perfeito, e agora, és meu. Quero que seja sempre assim. Pode ser?


Já disse que gosto de ti, hoje?

30.5.11

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É possível apaixonarmo-nos pela mesma pessoa todos os dias?
É que tenho-me sentido assim, e sinceramente, é a melhor sensação do mundo.

24.5.11

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Segundo tu, vamos estar separados por um tempo...
Estás farto das discussões e chegaste a um ponto que não aguentas mais a pressão.
Faço o que quiseres que faça. O que achares melhor para os dois, eu faço.
Lembra-te do que me disseste quando tive aquele pesadelo. Adormeci outra vez por causa do que me disseste. Agora por favor, toma o teu tempo, o quanto quiseres, mas não vás...

Sonhei que tinhas ido embora. Para onde e porquê, não me lembro, mas foste...
Não te preocupes, Ni. Não vou a lado nenhum. Vou ficar sempre aqui. (aconchegaste-me no teu abraço e eu adormeci, de novo.)

22.5.11

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Não há maneira de preencher o vazio da minha cama.
Não há comida que me faça sentir cheia.
Não há companhia que me faça abstrair do mundo.
Não há motivo para estar bem, para sorrir.
Não há nada para mim. Eu própria, sou nada.
Assim, não há motivo para eu me segurar e continuar. E enquanto o mundo está assim para mim, eu também estou assim para o mundo.
Mórbida, monocromática, oca, perdida.

20.5.11

what is love?

A minha mãe sempre que me via mal ou a chorar pelo dito cujo "amor", dizia-me sempre o mesmo. Ainda és tão nova para saber o que é amor. O problema é que agora já não me diz nada acerca disso. Talvez lhe dou, ou dei, a entender que afinal sei o que é, ou que pelo menos tenho a consciência da sua dimensão.Sim, porque eu sei que não é uma coisa leve, pequena ou até que passe despercebida. Não senhora. Para mim, é uma coisa pesada, grande e que ao contrário das outras emoções, aquelas que despertamos quando estamos apaixonados (sejamos comprometidos ou não) são as mais evidentes à vista alheia. Cada vez mais me apercebo (ou até já me apercebi por completo) que não vale a pena tentar dar a volta ao que sentimos, relativamente ao sentimento do amor. A partir do momento em que olhámos para aquela pessoa e vemos uma espécie de brilho e o nosso corpo sofre certas alterações a nível funcional, sabemos que não há volta a dar. Estamo-nos a apaixonar. Depois debatemo-nos com a nossa consciência, com a nossa cabeça, com o nosso coração. "Porquê aquela pessoa? Porque é que de todas as pessoas, me apaixonei por ela?" E depois racionalizamos as coisas e a fazemos uma espécie de enumeração inconsciente dos motivos pelos quais nos apaixonamos "inesperadamente" pela pessoa em questão. "Bem, eu gosto de estar com ela. Ela faz-me rir. Ela tem gostos em comum comigo. Ela é bonita. Ela é inteligente. Ela é diferente. Ela é alguém a quem eu daria a mão. Ela é alguém com quem eu passaria uma noite inteira a falar. Ela é alguém que os meus amigos iriam gostar. Alguém que iria gostar de abraçar e beijar e abraçar... Alguém com quem sei que seria feliz." e aqui parámos. "Alguém com quem sei que seria feliz.", uma espécie de medo toma conta do nosso corpo. A verdade é que não conhecemos na totalidade essa pessoa, mas o desejo de um dia poder conhecer, é gigante e é aí que começamos a aproximarmo-nos dela, seguindo o instinto emocional. Convidamos muito subtilmente para sair connosco, umas saídas discretas a sítios cheios de gente e com pessoas a acompanhar. Começa em festas entre amigos (académicas, diga-se), idas ao shopping, cinema com um grupo de amigos... E neste último caso, a intimidade e a proximidade torna-se tão óbvia que nenhum dos dois admite abertamente o que sente. Depois destas saídas normais, vêm os encontros casuais, mais especificamente, passagem d'ano. "Vais passar a passagem d'ano onde?" "Ah sim? Então se calhar ainda passo por aí para te dar um beijinho." É aqui que se revela o verdadeiro desejo que existe entre os dois. Quando se vêem, o inevitável acontece e sem darem por isso, os seus lábios já estão juntos, os braços envolvidos, as mãos entrelaçadas, o coração a entrar em taquicardia de tanta emoção que sente, as borboletas a voarem descontroladamente no estômago e o nascimento de algo novo ocorre. Assim que param, o sorriso de pura felicidade é mútuo. "Não podia ter acontecido nada melhor nesta noite que isto." pensam.
Nos dias seguintes, o corpo é apoderado pelo sentimento de dúvida. "Será que dá mesmo? É tão estranho... Não quero perder a amizade que tenho com ela, não quero que fiquemos diferentes.". Decidem avançar e apoiarem-se no factor tempo e confiarem neste para o desenvolvimento deste pequeno sentimento, que nos pões umas pessoas esquisitas. E estavam certos. Com o tempo, tudo desenvolveu.
Passou de um sentimento de estranheza agradável para um desejo, uma paixão, de uma amizade colorida para algo encarado como possivelmente sério. E a partir daqui é que começam a surgir novas emoções à mistura como também novas coisas que aprendemos e conhecemos dessa outra pessoa. Boas e más. Aparecem as típicas discussões iniciais e também aquelas que nos partem o coração e que nesse instante, damos tudo para não perder essa pessoa. É nestas que, infelizmente, tanto um como outro realmente se apercebem do quanto gostam um do outro e do quanto querem ficar juntos, custe o que custar. É nestes momentos que o corpo sente tudo o que é sentimento e no meio do festival de sentimentos
fúriaânsiapaixãoraivatristezacoragemdesgostoamoraversãocuriosidadeamizademedofelicidadedesejo, destaca-se o mais importante.
E é aqui, nos instantes em que o coração me dói mais que nunca, que os pulmões funcionam a uma velocidade irregular, que o cérebro não trabalha como devia, que o estômago está virado ao contrário, que sinto o amor que sinto. Que sei o quanto me és importante e o quão insuportável é a ideia de não te ter junto a mim. Eu sei que só passaram 5 meses mas o que temos é especial. A nossa relação é especial, tu sabes disso, já o admitiste. Não há ninguém que tenha a nossa cumplicidade, o nosso espírito, a nossa união. Somos uma equipa e se um cai, o outro também cai e quanto a isto, não há volta a dar. És único, preciso de ti ao meu lado, para tudo o que der e vier. Juntos em tudo, contra tudo e todos. Amo-te, sempre.


You're a part-time lover, and a full-time friend.