Decidi escrever esta carta à parte dado que hoje (ou melhor, ontem) é dia 6.
Olá Lauro. Ainda te lembras de mim?

Aquela pequenina que dizias ser diferente de todas as raparigas que conhecias.
Aquela pequenina a quem chamavas
Pinipon antes de adormecer.
Aquela pequenina a quem davas os melhores abraços do mundo.
Aquela pequenina a quem só davas motivos para sorrir.
Aquela pequenina a quem partiste o coração quando ela menos esperava.
Lembras-te? Essa pequenina sou eu e estou-te a escrever esta carta porque, como diz no título, tenho saudades tuas. Mais simples que isto, não te posso dizer. Apesar de tudo, as saudades que tenho das nossas coisinhas são inevitáveis. É normal, passou pouco mais de mês e meio.
Mas eu não estou a escrever esta carta só porque tenho saudades, não.
Quero-te dizer que graças a ti e às tuas acções passadas, descobri uma força dentro de mim que nunca pensei que existisse. Não estou deprimida nem triste, estou feliz. Consegui aguentar-me perante todos os obstáculos que se opunham no meu caminho e fui forte, mais forte do que tu pensavas. Sempre achaste que eu era frágil e inocente mas isso era apenas o exterior que eu te trespassava porque na realidade, sempre fui mais forte, mais corajosa e mais leal do que pudesses imaginar. Mesmo com as tuas palavras frias, duras, arrogantes, eu não fui abaixo totalmente. O meu corpo fraquejou mas nunca, nunca tombou.
A tua "indiferença" perante os meus sentimentos, a minha pessoa, acordou-me e fez-me aperceber de algo muito simples. Chama-me narcisista, egocêntrica, o que quiseres mas finalmente entendi. Eu sempre fui melhor que tu. E queres saber mais? Vou sempre ser.