Para mim, os instantes são importantes e foi num desses que me apercebi de tudo, e vi tudo como deveria ser. O bem e o mal da situação, na qual estava presa. Finalmente abri os olhos ao mundo e nesse instante, o vento soprou os sentimentos malignos de dentro de mim e de repente senti-me leve, como já não me sentia há uma eternidade. Vi tudo tão brilhante e sorridente que até me incomodava visto que ofuscava os meus tão cerrados e cegos olhos. Foi como "um cego a ver pela primeira vez o Sol". Via um Sol na minha vida e isso sabia-me bem, fazia-me bem. Um Sol composto por vários seres e corpos, tão suaves e belos, que achava estranho serem assim para mim. Sentia o meu corpo acalorado e feliz. O teu Sol sofreu um eclipse e se continuasse a viver debaixo da sua, já vaga, luz, iria ver tudo preto e voltar a ficar cega, portanto desabitei os sitios e caminhos por onde "iluminavas". Agora, vivo intensamente essa luz tão radiante e bonita que paira sobre mim. É ela que me faz acordar de manhã, sorrir e sobreviver o resto do dia. Sem ela, eu já não existo.

Num instante, a vida pode mudar o rumo já definido e coube-me a mim seguir uma nova estrada. Tem imensas curvas e obstáculos mas é bem mais claro que o antigo. Obrigada por todos os momentos que me fizeste feliz, nunca esquecerei o quanto fui capaz de te amar e o quanto sofri por ti. Nunca pensei sentir isto mas senti, e foi contigo. Agora tudo acabou e espero seguir um rumo diferente. É esta a vida que escolho e ainda me dói (muito) dizer-te isto, mas sem ti sou mais aberta e risonha. Espero que vás tomar o caminho certo para a tua vida se tornar mais feliz porque eu já escolhi o meu.
Dedicado ao Sérgio.
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